A dimensão epistêmica do discurso de um professor de Química no ensino de propriedades coligativas
DOI:
https://doi.org/10.54343/reiec.v14i1.254Palavras-chave:
movimentos epistêmicos, representações semióticas, propriedades coligativasResumo
Este artigo apresenta uma pesquisa que teve por objetivo analisar os movimentos de contextualização e descontextualização, por entre as dimensões empírica e abstrata do conhecimento químico, articulados no discurso de um professor em uma sala de aula do Ensino Médio. Considerou-se, ainda, as relações de tais movimentos com o uso de representações semióticas. Tendo-se em vista que a relação dialética entre empiria e teoria, assim como o uso de representações, é constitutiva do conhecimento científico, torna-se relevante verificar como tais aspectos são articulados no desenvolvimento dos conteúdos por professores junto aos seus alunos. As aulas de uma sequência temática sobre propriedades coligativas, registradas em vídeo, foram submetidas à análise por meio do software Videograph®, para a obtenção dos percentuais de tempo referentes ao emprego das categorias a priori. A dimensão qualitativa da pesquisa se deu por meio da análise dos mapas de episódios e das transcrições de episódios representativos da evolução do movimento discursivo do professor. Os resultados evidenciam a habilidade do professor em articular uma discussão que se volta para fenômenos específicos, envolvendo descrições e explicações, à s generalizações da ciência, na dimensão abstrata do conhecimento. Por outro lado, o limitado uso de modelos icônicos em tal dimensão, certamente compromete uma percepção mais elaborada dos fenômenos pelos alunos.Downloads
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