Concepções de Natureza da Ciência de futuros Professores de Química: reflexões a partir de um Programa de Formação orientado para a História e Filosofia da Ciência
DOI :
https://doi.org/10.54343/reiec.v14i2.251Mots-clés :
Nature de la science, formation initiale des enseignants, enseignement de la chimieRésumé
Este estudo buscou compreender quais as concepções acerca da Natureza da Ciência são explicitadas por futuros professores de Química e como um Programa de Formação Inicial, orientado para História e Filosofia da Ciência pode influenciar nestas visões. Participaram da pesquisa seis licenciandos em química, em fase final do curso, inseridos no contexto do Estágio Supervisionado. Para constituição dos dados foram utilizados os questionários Views of Nature of Science Questionnaire (VNOS) de Lederman e colaboradores (2002) e Views on Science and Education Questionnaire (VOSE) de Chen (2006). O primeiro questionário, com 10 questões abertas, foi analisado a partir de categorias estabelecidas a priori e o segundo, composto de 15 questões fechadas com diferentes graus de concordância, foi examinado com base no cálculo do ranking médio de concordância com as afirmações. Em seguida, buscou-se classificar as concepções com base nas visões de Ciência discutidas por Cachapuz et. al. (2005). Foi possível identificar, por meio da análise das informações empíricas, algumas noções de que a ciência é uma construção humana e influenciada por seu contexto de produção. No entanto, algumas nuances como a importância do método científico e da experimentação, bem como a diferença entre teorias e leis ainda necessitam ser esclarecidas e aprofundadas. Pode-se ainda depreender que o Programa de Formação vivenciado pelos licenciandos contribuiu de maneira significativa para que esses futuros professores compreendessem de forma mais contextualizada, sobre a ciência e sua construção, principalmente no que se refere aos aspectos trabalhados nas atividades em sala de aula, tais como o caráter subjetivo da ciência, a proposição de modelos e a criatividade e imaginação do cientista no fazer científico.
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