Inserção de componentes históricos e filosóficos em disciplinas das ciências naturais no ensino médio: reflexões a partir das controvérsias historiográficas entre Kuhn e Lakatos

Autores/as

  • Osmar Henrique Moura da Silva Departamento de Física da Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR, Brasil
  • Carlos Eduardo Laburú Departamento de Física da Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.54343/reiec.v5i2.51

Palabras clave:

ensino médio, História e Filosofia da Ciência, controvérsias historiográficas, Kuhn e Lakatos

Resumen

A incorporação de elementos históricos e filosóficos em disciplinas de ciências naturais do ensino médiotem alcançado defesas na literatura específica e, de um lado, críticas avançaram sobre visões acerca do usoda História e Filosofia da Ciência (HFC) para fins didáticos. Nesse sentido, as discussões são importantesna medida em que ponderam influências na orientação de currículos de parcela significativa daslicenciaturas que tratam de ciências. Preocupando-se com tais discussões, neste estudo são realizadasreflexões a partir das controvérsias historiográficas entre Kuhn e Lakatos cujas implicações educacionaispermitem apoio a uma tendência do uso da HFC como recursos, não para se obter reconstruções históricascompletamente autênticas, mas para favorecer intenções de desenvolver e projetar soluções didáticas namedida em que a pedagogia não se submete à História.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Allchin, D. (2004). Pseudohistory and pseudoscience. Science & Education, v.13, pp. 179-195.

Barker, P; GholsoN, B. (1984). From Kuhn to Lakatos to Laudan. In: HW Reese (Ed.), Advances in child development and behavior, pp. 277-284 (v. 18). Academic Press, Orlando – Flórida .

Bunge, M. (1973). Filosofia da Física. Edições 70. O Saber da Filosofia: Lisboa.

Brush, S. G. (1974). ‘Should the History of Science be Rated X?’ Science, 18, pp. 1164-1172.

Chalmers, A. F. (1994). A Fabricação da Ciência. Editora Unesp: São Paulo.

Cohen, I. B. (2001). The influence of T. S. Kuhn on the historiography of Continental Drift. In: Revolution in Science, pp. 563-570, 8a edição. President and Fellows of Harvard College.

Gingerich, O. (2004). O livro que ninguém leu: em busca das Revoluções de Nicolau Copérnico. Editora Record LTDA: Rio de Janeiro – RJ.

Guridi, V.; Arriassecq, I. (2004). Historia y filosofia de las ciencias en la educación polimodal: propuesta para su incorporación al aula. Ciência & Educação, v.10, n. 3, pp. 307-316.

Hall, R. J. (1970). Kuhn and the Copernican Revolution. British Journal for the Philosophy of Science, 21, pp. 196-197.

Izquierido-Aymerich, M.; Adúriz-Bravo, A. (2003). Epistemological Foundations of School Science. Science & Education 12, ps. 27-43.

Kuhn, T. S. (1963). The Function of Dogma in Scientific Research. In: A. C. Crombie (org.). Scientific Change, pp. 347-369. Londres: Heinemann. Disponível 46 No sentido então do que é viável ou aceitável. em: http://strangebeautiful.com/other-texts/kuhn function-dogma.pdf (último acesso: 12/11/2009)

Kuhn, T. S. (1957). The Copernican Revolution – Planetary Astronomy in the Development of Western Thougt. Harvard University Press – Cambridge, Massachusetts, and London, Engrand.

Kuhn, T. S. (1970). Reflexões sobre meus críticos. In: Lakatos & Musgrave (Eds.): A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento, pp. 285-343. Cultrix/EDUSP: São Paulo.

Kuhn, T. S. (1974). ‘Notas sobre Lakatos’. In: Lakatos, I. et al. – História de la ciencia y sus reconstrucciones racionales, pp. 79-95. Tecnos: Madrid.

Kuhn, T. S. (1994). A Estrutura das Revoluções Científicas. 3ª edição, Editora Perspectiva S. A. São Paulo.

Lakatos, I. (1970). O falseamento e a metodologia dos programas de pesquisa científica. In: Lakatos & Musgrave (Eds.): A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento (pp. 109-243). Cultrix/EDUSP: São Paulo.

Lakatos, I. (1971). History of Science and its Rational Reconstruction – In: R. C. Buck e R. S. Cohen (Eds.), Boston Studies in the Philosophy of Science (Vol. VIII, pp. 91-136). Dordrecht, Holland: Reidel.

Lakatos, I. (1978). The methodology of scientific research programmes. Philosophical Papers, v. 1. Cambridge: Cambridge University Press.

Lawson, A. E. (2000). The Generality of the Hypothetico-Deductive Method: Making Scientific Thinking Explicit. American Biology Teacher: 62, pp. 482–495.

Lawson, A. E. (2004). A reply to Allchin’s “Pseudohistory and Pseudoscience”. Science & Education, 13: pp. 599-605.

Lombardi, O. I. (1997). La pertinência de la historia en la enseñanza de ciencias: argumentos y contraargumentos. Enseñanza de las Ciencias, 15(3), pp. 343-349.

Mäntylä, T.; Koponen, I. T. (2007). Understanding the Role of Measurements in Creating Physical Quantities: A Case Study of Learning to Quantify Temperatura in Physics Teacher Education. Science & Education 16, ps.291-311.

Martins, R. A. (2001). Como não escrever sobre História da Física – um manifesto historiográfico. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 23, n. 1, mar.

Martins, R. A. (2006). Introdução. A história das ciências e seus usos na educação. In: SILVA, C. C. (Org). Estudos de História e Filosofia das Ciências: subsídios para aplicação no ensino (pp. xxi-xxxiii). São Paulo: Editora Livraria da Física.

Martins, A. F. P. (2007). História e Filosofia da Ciência no Ensino: há muitas pedras nesse caminho... Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1: pp. 112-131, abr.

Matthews, M. R. (1995). História, Filosofia e Ensino de Ciências: a tendência atual de reaproximação. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 12, n. 3: pp. 164- 214, dez.

Oliveira, S. L. (2005). Desafios da escrita da história: considerações sobre o anacronismo. Pergaminho – revista eletrônica de história – UFPB – ano 1. n. zero, pp. 131-144, out.

Pereira, A. I.; Amador, F. (2007). A história da ciência em manuais escolares de ciências da natureza. Revista Eletrônica de Enseñanza de las Ciências, v. 6, n. 1.

Ponczek, R. L. (2009). Pode a Física ser um bom árbitro para questões epistemológicas? Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 26, n. 2: pp. 295-313, ago.

Silva, C. C.; Martins, R. A. (2003). A teoria das cores de Newton: um exemplo do uso da história da ciência em sala de aula. Ciência & Educação, v. 9, n. 1, p. 53- 65.

Silveira, F. L.; Ostermann, F. (2002). A insustentabilidade da proposta indutivista de “descobrir a lei a partir de resultados experimentais”. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, número especial: pp. 7-27, jun.

Siegel, H. (1979). On the Distorcion of the history of Science in Science Education. Science Education 63(1): pp. 111-118 (1979).

Valente, M. (2005). Contributo da história e filosofia das ciências para o desenvolvimento do gosto pelo conhecimento científico. Enseñanza de las Ciencias, número extra, VII Congresso. Site: http://ensciencias.uab.es/webblues/www/congres2005/

material/comuni_orales/1_ense_ciencias/1_3/Valente_8 65.pdf. Último acesso em 9 de agosto de 2007.

Vásquez, Á.; Massareno, M. A. (1999). Características del conocimiento científico: creencias de los estudiantes. Enseñanza de lãs Ciencias, 17 (3): pp. 377- 395.

Watkins, J. W. N. (1970). Contra a “Ciência Normal”. In: Lakatos e Musgrave (Eds.): A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento (pp. 33-48). Cultrix/EDUSP, São Paulo.

Whitaker, M. A. B. (1979). ‘History and Quase-history in Physics Education, Pt I’. Physics Education, 14: pp. 108-112.

Williams, L. P. (1970). Ciência Normal, revoluções científicas e a história da ciência. In: Lakatos e Musgrave (Eds.): A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento (pp. 60-62). Cultrix/EDUSP, São Paulo.

Descargas

Publicado

2010-12-25

Número

Sección

Artículos